segunda-feira, 27 de maio de 2013

99) Lanterna dos Afogados - Paralamas do Sucesso




Um carrinho de rolimã. Radinho de fita-cassete vermelho do meu irmão. Meu tio, primos, amigos, irmão e a pirralha aqui querendo entender as conversar de "pré-adolescentes". Nas fitas, RPM´s, Legiões, Titãs, Kids, e Paralamas. E uma música deles que me doía já, aos 5 anos. Imaginar alguém sozinho, no meio do mar, esperando alguém que podia demorar (e demorou), era tão doído, tão sofrido, mas tão lindo, que quase aprendi, ali, o que era poesia. mas isso eu aprendi pouco tempo depois (outro dia conto como conheci a poesia).
Nunca me esqueci que à noite a gente podia chorar, à vontade. Quando tá escuro. E que há uma luz no túnel. Eu que nem sabia que o túnel seria tão largo, ermo e profundo. Ainda não sabia o que era uma lanterna no mar. Nem que havia uma para os afogados. Só esperava veementemente que ele (ou ela) não demorasse.

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